segunda-feira 15, setembro, 2025 - 12:06

Saúde

Estudo destaca novo sinal de Alzheimer que deve ser considerado

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas

image_printImprimir


A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada por um declínio progressivo das funções cognitivas, incluindo memória, linguagem e orientação espacial. Recentemente, um estudo conduzido pela University College London (UCL) identificou um novo sinal precoce da doença: a dificuldade em virar-se ao caminhar.

Detalhes do estudo

Publicado na revista Current Biology, o estudo envolveu 31 jovens saudáveis, 36 idosos saudáveis e 43 pacientes com comprometimento cognitivo leve, condição que pode preceder a demência.

Utilizando óculos de realidade virtual, os participantes foram orientados a percorrer um trajeto delimitado por cones numerados, composto por segmentos retos interligados por curvas. Posteriormente, deveriam retornar ao ponto de partida baseando-se apenas na memória. A tarefa foi repetida sob três condições distintas para avaliar a consistência dos resultados.

Estudo identifica um novo sinal precoce de Alzheimer
Estudo identifica um novo sinal precoce de Alzheimer – Zhanna Danilova/istock

Descobertas

Os pesquisadores descobriram que as pessoas com Alzheimer precoce superestimavam consistentemente as curvas na rota e mostravam maior variabilidade no seu senso de direção.

Essa incapacidade de manter a orientação durante mudanças de direção é atribuída a alterações iniciais no hipocampo, uma região do cérebro fundamental para a memória e a navegação espacial – estruturas que são impactadas nos estágios iniciais do Alzheimer.

Por que este sinal é importante?

Atualmente, o diagnóstico precoce do Alzheimer é desafiador. Os métodos mais utilizados dependem da observação de sintomas cognitivos avançados ou de exames invasivos, como análises de líquido cefalorraquidiano ou imagens cerebrais. A identificação de dificuldades sutis em tarefas motoras, como virar-se ao caminhar, oferece uma alternativa não invasiva e mais acessível para triagem precoce.

Além disso, a descoberta abre portas para a inclusão de avaliações de navegação espacial em rotinas clínicas. Simples testes baseados em tecnologia de realidade virtual ou exercícios físicos monitorados poderiam se tornar ferramentas valiosas para detectar o Alzheimer antes que danos mais graves ocorram.





Fonte da Notícia