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World Athletics abandona reforma do salto em distância – 05/12/2025 – Esporte

A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) decidiu abandonar seu controve

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A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) decidiu abandonar seu controverso projeto de reforma do salto em distância, que previa a eliminação da tábua de impulsão para limitar tentativas falhas, devido à forte oposição dos atletas.

“A World Athletics ouviu seus atletas e decidiu suspender indefinidamente os testes de uma nova zona de impulsão proposta para saltos horizontais”, indicou à AFP um porta-voz da federação na quinta-feira (4) à noite, confirmando uma informação do jornal britânico The Guardian.

“Os atletas não querem (esta reforma)”, admitiu em uma entrevista com o jornal o diretor-geral da World Athletics, Jon Ridgeon. “Não queremos entrar em guerra com aqueles que mais nos importam”.

Em fevereiro de 2024, a Federação Internacional de Atletismo provocou a ira dos saltadores em distância ao anunciar que considerava eliminar a tábua de impulsão e substituí-la por uma “zona de impulsão” mais longa, com cada tentativa medida a partir do pé de impulsão do saltador.

A ideia era eliminar o tempo de inatividade relacionado a tentativas falhas, visando tornar as competições mais dinâmicas, já que a audiência, especialmente para provas de campo, está em declínio.

Uma zona de impulsão de 40 centímetros de largura, que substituiria a tradicional tábua de 20 centímetros, foi testada pela primeira vez em uma competição internacional de atletismo em Düsseldorf, na Alemanha, em fevereiro de 2025.

Mas o projeto, que devia ser validado em 2026, nunca contou com o apoio dos atletas, muito apegados à precisão técnica de sua disciplina, que desde os primeiros Jogos Olímpicos modernos em 1896 consiste em tomar impulso para saltar o mais longe possível em uma caixa de areia sem pisar na tábua de impulsão de onde se medem as tentativas.

“É uma tolice. Se aplicarem estas regras, deixarei o salto em distância”, havia declarado o duplo campeão olímpico grego Miltiadis Tentoglu, enquanto Carl Lewis, nove vezes campeão olímpico, quatro delas consecutivas em salto em distância, qualificou o projeto como “uma piada”.

“O formato (com uma zona de impulsão) foi bem recebido pelos fãs, mas quase não obteve apoio dos atletas”, reconheceu a World Athletics. “As zonas de impulsãopodem ser consideradas no futuro para modalidades completamente novas, mas, no momento, não há planos oficiais.”



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