quarta-feira 16, julho, 2025 - 16:30

Esporte

Pedro e Memphis, pedra e pó – 16/07/2025 – Juca Kfouri

O excelente centroavante rubro-negro Pedro virou pedra no caminho do Flamengo nesta tempo

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O excelente centroavante rubro-negro Pedro virou pedra no caminho do Flamengo nesta temporada, em que se projetava para ele até a titularidade na seleção brasileira.

Com salário milionário, está na berlinda dourada da Gávea, acusado pelo firme e ponderado treinador Filipe Luís de ser, no mínimo, mau profissional, já por dois jogos fora do grupo.

O talentoso meia alvinegro Memphis Depay vê sua imagem de marqueteiro virar pó na trajetória do Corinthians em 2025, em que se esperava dele, outra vez titular na seleção holandesa, o papel de líder de uma campanha sem sofrimento.

Com salário ainda mais milionário, ele está também na dourada berlinda do Parque São Jorge, embora com atrasos para receber o negociado, acusado de fazer corpo mole e forçar suspensão para não viajar a Fortaleza e deixar de enfrentar o Ceará pelo Campeonato Brasileiro.

No caso do corintiano, com o silêncio condescendente do técnico Dorival Júnior.

Pedro virou objeto de candente polêmica e divide opiniões na imprensa e entre os boleiros.

Memphis ainda não encontrou quem o defenda, apesar de ter pelo menos o argumento irrefutável de estar no direito de agir com desdém com quem não cumpre o contratado.

Entre ex-jogadores com amplo espaço na mídia, o sempre sensato Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade, mais conhecido como Tostāo, nesta Folha, e o explosivo Walter Casagrande Júnior, também conhecido como Casão, no UOL Esporte e na TV Bandeirantes, de acordo com Filipe Luís, saúdam a atitude de botar fim no paternalismo vigente há anos no futebol brasileiro.

Neto e Vanderlei Luxemburgo, na Band, ficaram ao lado de Pedro, assim como jornalistas respeitáveis do nível de Alicia Klein, Arnaldo Ribeiro, Domitila Becker e Milly Lacombe, do UOL Esporte.

Outros, também do UOL, como Danilo Lavieri, Eduardo Tironi, José Trajano, Mauro Cezar Pereira, Rodrigo Mattos, enfim, da turma deste que vos escreve, respaldaram com argumentos os mais diversos a atitude de Filipe Luís, sem em nenhum momento diminuir a importância de Pedro para o grupo.

Assim também se manifestou outro vizinho nesta Folha, Sandro Macedo, que, com o bom humor costumeiro, lembrou ter sido Pedro criticado por outros treinadores e, essencial, que o atual jamais diria o que disse sem respaldo do elenco.

Os que divergem levantam a hipótese de assédio moral e de desvalorização de patrimônio do clube, apesar de ser incômodo tratar atletas como mercadorias.

Argumenta-se, ainda, com o fato de Pedro não ter sido ouvido, mesmo que ninguém o tenha impedido —pelo menos ao que se saiba.

Há, também, quem duvide se as declarações de Filipe Luís teriam sido feitas caso o Flamengo tivesse perdido para o São Paulo.

Não teriam sido até mais contundentes, embaladas pela decepção da derrota?

Enfim, no topo da tabela do Campeonato Brasileiro, seria melhor manter a crise de relacionamento entre quatro paredes, como é tradicional?

Ou a luz do sol segue como o melhor detergente que há?

Esta coluna é adepta da transparência irrestrita, “duela a quien duela”.

Como tem certeza de que o melhor para o Flamengo será o acordo entre as partes ao fim da crise causada por Pedro.


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