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Esporte

O talento do trio MYG, Memphis, Yuri e Garro – 15/02/2025 – Juca Kfouri

Nos tempos de Zenon, Sócrates e Casagrande, começo da década de 1980, o Corinthians, q

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Nos tempos de Zenon, Sócrates e Casagrande, começo da década de 1980, o Corinthians, que sempre se caracterizou mais pela luta que pelo refinamento, proporcionava momentos deliciosos aos amantes do futebol bem jogado, sofisticado.

Também nos idos do final do século 20, Marcelinho Carioca, Edílson e Luizão, divertiam a Fiel com lances e gols de pura magia. Deveriam ter sido chamados de trio MEL, porque era mesmo doce saboreá-lo.

O mundo gira, a Lusitana roda, e desde a temporada passada surgiu novo trio alvinegro capaz de encantar pela eficácia e arte: Memphis, Yuri e Garro, o trio MYG.

MiG, como sabem a rara leitora e o raro leitor, é o nome do temido caça a jato russo, infelizmente criado para a guerra.

Já o trio alvinegro é puro entretenimento.

O gol que os três produziram no clássico contra o Santos nesta semana, em Itaquera, foi de extasiar os mais de 48 mil torcedores que quebraram o recorde de público no estádio da zona leste paulistana.

O lançamento do argentino Rodrigo Garro, da intermediária, para o holandês Memphis Depay matar no peito e, sem deixar a bola cair na grama, tocar para a cabeça de Yuri Alberto, encantou quem curte o jogo bem jogado.

“No futebol, matar a bola é um ato de amor”, ensinou mestre Armando Nogueira. Memphis a namora como poucos, e Garro não lhe fica atrás.

O trio tem feito a diferença e explica a atual superioridade corintiana no Paulistinha, embora importante de fato será trazer três pontos de Caracas, na quarta-feira (19), quando enfrentará a modesta Universidad Central de Venezuela, pela chamada pré-Libertadores.

A liderança no campeonato estadual também se explica pela necessidade de a equipe queimar etapas para estar pronta agora, quando lutará por vaga no torneio que importa.

O preço a ser pago no correr do ano é coisa para ser resolvida adiante, já que a impressionante recuperação nas nove rodadas finais do Brasileirão permitiu aquilo que só os mais fanáticos dos fiéis acreditavam.

O trio MYG tem tudo a ver com tudo isso.

Os números 8, 9 e 10, como é raro hoje em dia, quando as camisas dos futebolistas concorrem com as do basquete, são os maiores responsáveis pelo clima vivido como se não houvesse o amanhã no Parque São Jorge.

O CHOQUE-REI

Palmeiras e São Paulo jogarão na casa verde o clássico que deveria ser decisivo apenas para o alviverde, ainda na luta por classificação às quartas de final, mas que é igualmente importante para o tricolor, já classificado.

Tudo porque o São Paulo vem de três resultados desastrosos, contra três times que lutam contra o rebaixamento.

Ganhar apenas dois dos nove pontos disputados contra Bragantino, Inter de Limeira e Velo Clube impõe ao clube do Morumbi reação à altura do vexame –Bragantino e Inter, ambos os dois, como diria Luís de Camões, atuaram boa parte dos duelos com dez jogadores.

Verdade que não deveria ser assim em pré-temporada, mas, no Brasil, é.

O Palmeiras é favoritaço em sua casa e deve nos fazer o favor de manter acesa a maior graça deste Paulistinha-25, a possibilidade de conquistar o tetracampeonato inédito.

Por incrível que pareça, no momento, está mais complicada para os palmeirenses a vaga nas quartas do que o título jamais comemorado no profissionalismo.


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