A Copa do Mundo de Clubes começou com bom jogo entre Al Ahly e Inter Miami, mas com 0 a 0, tudo que os amantes de placares altos mais abominam e explica o futebol estar longe de ser o esporte preferido dos que o chamam de “soccer” como os estadunidenses.
Noves fora a festa de mau gosto da abertura em Miami, mistura do brega com tecnologia gelada e apresentação dos jogadores como se fossem de basquete, brilharam os dois goleiros que evitaram desenhado 3 a 3 mais a gosto de torcedores e narradores.
Bom mesmo foi ver que Lionel Messi ainda reina, com toques desconcertantes e cobranças venenosas em bolas paradas.
Merece nota também a constatação de que o time de Messi só tinha imigrantes entre os titulares, motivo suficiente para tristeza do enlouquecido Donald Trump e para as dezenas de manifestações de protesto em cerca de mil cidades dos Estados Unidos afora no mesmo sábado da abertura da Copa, com 61 mil torcedores no estádio para 65 mil.
Que continuou com Bayern de Munique e Auckland City e a previsível goleada germânica, porque os alemães não têm pena de ninguém, como vimos no Mineirão em 2014. Para quem fez sete nos brasileiros, marcar dez nos neozelandeses é normal. Anormal foi Harry Kane passar em branco na goleada de 10 a 0.
Depois veio o esperado clássico europeu entre PSG e Atlético de Madrid, um dos favoritos contra respeitável candidato. Quase não teve jogo, chansonnier de uma nota só, show dos vencedores da Champions, em goleada por 4 a 0 sobre o brioso, e impotente, Atleti. Puro acaso?
Depois da maior goleada numa final como o 5 a 0 aplicado na Inter de Milão, todo cuidado será pouco com o PSG, mesmo sem Dembélé como contra os espanhóis.
Finalmente, Palmeiras e Porto, já que o Botafogo avançou pela madrugada e fica para depois. O que tanto alviverdes quanto lusitanos perderam de gols no primeiro tempo vale um tratado sobre falta de frieza na hora de finalizar ou sobre a superioridade dos goleiros modernos sobre os atacantes antigos.
No segundo tempo, diante de lusitanos estafados, o Palmeiras até pôde vencer, mas seguiu com má pontaria, além de ter sacado Estêvão, o de maior poder de decisão.
Trristeza
O Grupo Allegra que ganhou a concessão do Pacaembu e tentou ampliar, sem sucesso, suas garras para a Praça Charles Miller para compensar alegado prejuízo durante a pandemia, volta seu apetite agora para o Museu do Futebol, em busca de um “espaço nobre” no estádio.
Não bastasse ter danificado o museu durante a reforma do antigo palco municipal, tem tratado uma das mais simpáticas atrações turísticas da cidade com desapreço e cobiça, no velho estilo do quem desdenha quer comprar.
No caso, nem comprar quer, só desalojar.
Bets não
O que as bets pagam de impostos não compensa o que o SUS gasta com os viciados pela jogatina online, e se dependesse do ministro Fernando Haddad, não existiriam no Brasil.
Foi o que ele disse em jantar na última sexta-feira (13) promovido pelo grupo Grupo Prerrogativas.
