A família Buss chegou a um acordo para vender suas ações majoritárias no Los Angeles Lakers ao empresário Mark Walter. Na negociação, noticiada inicialmente pela ESPN norte-americana, a tradicional franquia de basquete dos Estados Unidos foi avaliada em US$ 10 bilhões (R$ 54,9 bilhões).
Isso não significa que o comprador desembolsará esse valor. O acerto ainda não foi oficializado nem teve seus detalhes divulgados, mas a expectativa é que o empresário do ramo financeiro, executivo da Guggenheim Partners, pague o dinheiro proporcional aos 66% que estavam sob controle de Buss –ou seja, US$ 6,6 bilhões (R$ 36,2 bilhões).
O negócio, de qualquer maneira, estabelece um recorde para equipes esportivas profissionais. Na NBA, a liga norte-americana de basquete, a maior venda até agora era a do Boston Celtics –arquirrival dos Lakers–, negociado no ano passado por US$ 6,1 bilhões (R$ 33,5 bilhões, na cotação atual).
O Los Angeles Lakers foi comprado por Jerry Buss em 1979 e fez do time um gigante do esporte e do entretenimento. Jerry foi um dos arquitetos do “Showtime”, que nos anos 80 uniu o atraente basquetebol da equipe de Magic Johnson a atrações fora da quadra, com presença constante de celebridades de Hollywood no ginásio The Forum.
Jerry morreu em 2013, deixando a franquia com os filhos –que tiveram brigas midiáticas e judiciais pelo espólio. Venceu o embate Jeanie Buss, hoje com 63 anos, que ficou com o controle da equipe e o cargo de presidente. Segundo a ESPN, ela permanecerá à frente da operação mesmo após a conclusão da venda para Mark Walter.
O bilionário Walter tem participação em diversas agremiações esportivas, incluindo outras duas de Los Angeles –o Los Angeles Dodgers, do beisebol, e o Los Angeles Sparks, do basquete feminino. Ele tem ainda parcelas nas ações da equipe Cadillac, da Fórmula 1, e da Billie Jean Cup, torneio feminino de tênis por equipes.
