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Esporte

Com tantas competições, times deveriam ter uns 15 titulares – 05/08/2025 – Tostão

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Na ânsia e necessidade de poupar jogadores quando há partidas próximas pelo Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores ou Copa Sul-americana, vários treinadores cometem equívocos nas escalações.

Não há razão técnica para colocar todos os reservas em campo, como fizeram Corinthians e Palmeiras no final de semana pelo Brasileirão —além de ser um desrespeito com o torcedor, em casa ou no estádio, que quer ver um bom futebol. O calendário é ruim, mas isso não justifica.

As principais equipes deveriam sonhar em ganhar mais do que um título; e até os três. Em vez de poupar todos, os clubes deveriam ter uns 15 titulares e alternar dois ou três a cada jogo para não perder a qualidade e o conjunto.

Nesta quarta, pela Copa do Brasil, o Corinthians, fora de casa, tem a vantagem de um gol sobre o Palmeiras. Não há favorito. Enquanto o Corinthians possui um esquema tático e os titulares bem definidos, o Palmeiras, com exceção de alguns titulares absolutos (Piquerez, Gustavo Gomes e Weverton), tem dois jogadores quase de nível igual nas outras posições. Abel Ferreira muda o desenho tático e a escalação de acordo com o momento e o adversário.

A principal dificuldade do Corinthians é não ter jogadores pelos lados que marquem e ataquem, pois o time geralmente atua com uma linha de quatro defensores, um trio no meio-campo e um meia centralizado à frente dos três; além de uma dupla de atacantes pelo meio. A principal dificuldade do Palmeiras é, algumas vezes, preencher pouco o meio-campo, pois joga apenas com dois no setor, um volante mais marcador e outro mais construtor. O meia ofensivo (Maurício ou Raphael Veiga) atua próximo à área adversária e não participa da marcação.

Outro clássico decisivo pela Copa do Brasil é Atlético-MG x Flamengo. O Galo joga em casa e tem a vantagem de um gol. O Flamengo tem jogado menos do que a expectativa criada. Gerson faz falta. O time joga normalmente com dois volantes em linha, deixando Arrascaeta isolado na armação das jogadas.

Será que o Atlético-MG, mesmo em casa, irá repetir a eficiente estratégia usada na vitória no Maracanã: a de marcar mais atrás para contra-atacar com lançamentos mais longos nas costas dos zagueiros? Por outro lado, se o time ficar muito atrás, for pressionado e eliminado, Cuca será muito criticado. O perigo existe em qualquer estratégia.

O Cruzeiro, fora de casa, pela Copa do Brasil, enfrenta o CRB. O primeiro jogo terminou 0 x 0. Depois de duas fracas partidas, quando foi criticado, o Cruzeiro fez uma partida brilhante na vitória, fora de casa, por 2 x 0 contra o Botafogo. Nesses momentos, o Cruzeiro mostra o melhor futebol dos times brasileiros, com muita marcação em todo o campo, compactação e intensa movimentação.

Depois de seis vitórias seguidas, o técnico Crespo, do São Paulo, é a bola da vez, bastante elogiado, diferentemente do treinador anterior, Zubeldía, que passou a ser bastante criticado. Isso não significa que um seja excepcional e o outro péssimo. São momentos da carreira. Os dois são bons.

Por melhor que sejam as decisões dos treinadores, existem outros fatores importantes nas atuações e nos resultados das equipes. O futebol não é tão simples quanto parece.


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