sexta-feira 27, dezembro, 2024 - 7:35

Saúde

Cientistas apontam alimento comum que melhora controle da pressão

Pesquisadores do Hospital Yangtze, na China, descobriram que o consumo regular de maçãs

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Pesquisadores do Hospital Yangtze, na China, descobriram que o consumo regular de maçãs está associado a uma redução significativa no risco de morte em pessoas com pressão alta.

Publicado no Frontiers in Nutrition, o estudo analisou, durante uma década, 2.480 homens e mulheres de meia-idade com hipertensão, utilizando dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) e do National Death Index. Durante o período de acompanhamento, foram registradas 658 mortes por diversas causas.

Para chegar às conclusões, os cientistas utilizaram um modelo estatístico chamado regressão de Cox, que levou em consideração fatores como idade, sexo e hábitos de vida que poderiam interferir nos resultados.

Os dados mostraram que o consumo de maçãs de três a seis vezes por semana estava associado a uma redução de até 39% no risco de morte por todas as causas em pessoas hipertensas.

Além das maçãs, o estudo também identificou benefícios significativos na ingestão de bananas, que reduziram o risco de mortalidade em cerca de 30%. A combinação das duas frutas foi ainda mais impactante, com uma redução de quase 50% no risco de morte dos voluntários analisados.

“Descobrimos que o consumo moderado de maçãs e bananas estava associado a um risco reduzido de mortalidade por todas as causas em pacientes com pressão alta”, explicaram os autores no artigo.

Por outro lado, frutas como peras, abacaxis e uvas não apresentaram o mesmo impacto. Os pesquisadores acreditam que a riqueza de nutrientes presentes nas maçãs e bananas — como fibras, antioxidantes e compostos bioativos — pode ser responsável por seus efeitos positivos na saúde cardiovascular e no controle da hipertensão.

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A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg

Gizmo/ Getty Images

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

Peter Dazeley/ Getty Images

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Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente

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Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos

Grace Cary/ Getty Images

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A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia

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Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão

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Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis

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Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados

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Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos

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Por que a maçã é um alimento “poderoso”?

Ricas em nutrientes essenciais, as maçãs oferecem benefícios comprovados para a saúde. De acordo com a nutricionista Letícia Vieira, do grupo Mantevida, em Brasília, a fruta contém antioxidantes e vitamina C, que fortalecem o sistema imunológico e promovem a saúde da pele. Além disso, o potássio presente nas maçãs é fundamental para a função cardíaca e o controle da pressão arterial.

“As maçãs também possuem compostos fenólicos como a quercetina, catequinas e ácido clorogênico, que combatem os radicais livres e ajudam a reduzir a inflamação do corpo”, explicou Letícia, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Outro detalhe importante está na casca da fruta. Segundo a nutricionista funcional Beatriz Fausto, que atua em Brasília, grande parte dos nutrientes da maçã está concentrada nessa parte. “A casca é rica em fibras e fitoquímicos, por isso, a preferência deve ser dada à fruta orgânica”, afirmou a especialista, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Foto de diversas maçãs cortadas. Metrópoles
A maçã é rica em fibras e tem baixo índice glicêmico, contribuindo para prolongar a saciedade e diminuir a vontade de comer ao longo do dia

Saiba quatro vantagens para o corpo do consumo diário de maçãs:

  1. Aliada do emagrecimento: rica em fibras e água, a maçã contribui para a sensação de saciedade e ajuda a controlar a fome.
  2. Melhora a digestão: por ser uma excelente fonte de nutrientes, a maçã auxilia no funcionamento do sistema digestivo. Ela contém pectina, uma fibra que atua de forma semelhante aos probióticos, promovendo uma microbiota intestinal mais saudável e diversificada.
  3. Diminui o risco de diabetes: uma revisão de estudos publicada em 2021 revelou que consumir maçãs ou peras diariamente pode reduzir o risco de desenvolver diabetes no futuro. Esse benefício é atribuído à quercetina, um dos compostos bioativos presentes na fruta.
  4. Protege o coração e o cérebro: com alta concentração de quercetina e outros antioxidantes, a maçã ajuda a reduzir o estresse oxidativo no organismo. Um estudo de 2021 associou a substância a um menor risco de desenvolvimento de Alzheimer, além de benefícios para a saúde cardiovascular.

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