O mercado de celulares irregulares cresceu significativamente. Segundo a consultoria IDC, a estimativa é de que tenha chegado a 25% o número de vendas de smartphones desse porte no Brasil. Só no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 2,9 milhões de unidades do tipo no comércio irregular. Esses aparelhos ilegais costumam ser fabricados com materiais de baixa qualidade, o que pode expor usuários a níveis inadequados de radiação Além de não permitir que o consumidor acione a fabricante para solicitar um conserto.
O diretor de dispositivos móveis de comunicação da Abinee, Luiz Cláudio Carneiro, afirmou ao g1 que a venda desses dispositivos aumentou com o crescimento de lojas online. Segundo ele, essa forma de venda opera como marketplaces, em que permite que terceiros usem o site como vitrine para anunciar seus produtos. “O grande diferencial, que mudou a realidade do contrabando no país, foi o marketplace. Antes, você precisava sair de casa e ir ao local. Hoje, pelo marketplace, você compra um telefone contrabandeado de manhã e, no outro dia a tarde, está na sua casa”, disse.
Diante desse cenário, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou regras para inibir a venda desse tipo de smartphone na internet. Conforme a Anatel, o comércio virtual deverá mostrar o código da homologação que o celular recebeu da agência e verificar se o número corresponde ao aparelho anunciado. As empresas que não cumprirem as regras ficarão sujeitas a multas diárias de R$ 200 mil.