domingo 19, outubro, 2025 - 5:20

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Clubes paulistanos promovem 1ª edição de evento esportivo inclusivo – 18/10/2025 – Esporte

“Ver um evento como esse mostra que minha filha existe.” Quem diz isso é a p

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“Ver um evento como esse mostra que minha filha existe.” Quem diz isso é a professora Lucia Barros, 43, mãe de Marina, 8, e Letícia, 4. Ela se refere à mais velha, que tem síndrome de Down, e à primeira edição do Interclubes Inclusivo, evento que reúne os clubes Pinheiros, Paulistano, Monte Líbano, Sírio, Paineiras, Hebraica e São Paulo Futebol Clube neste sábado (18) e domingo (19), em São Paulo.

A estreia, no Esporte Clube Pinheiros, contou com cerca de 50 crianças, jovens e adultos com deficiência sócios destes clubes. Eles iriam para a piscina fazer natação, mas, como choveu, a programação foi invertida e o público foi para um ginásio, onde praticou corrida, caminhada, lançamento de pelota e salto parado. Com a troca, a natação ficou para amanhã.

“Estou vendo meu filho como protagonista, é muito emocionante”, diz Isabella Fiorentino, que estava lá com Lorenzo, 14, jovem com paralisia cerebral, e seus outros trigêmeos, Bernardo e Nicholas. “Normalmente, crianças e adolescentes com deficiência são tratados como café com leite nos esportes, e eu entendo isso, mas é algo que sempre me incomodou. Hoje, está sendo diferente. O foco é ele.”

O Interclubes Inclusivo já nasce como uma iniciativa que terá continuidade. As próximas edições devem ser em outros clubes, e o objetivo é atrair cada vez mais gente. “O evento é uma oportunidade para que os PcDs saiam de um lugar em que, com frequência, não têm vez, para um lugar onde são o principal”, afirma Cristiana De Angelis Fiuza Lima, diretora de desenvolvimento social do Club Athlético Paulistano.

Mas Cristiana estava lá não só por liderar as iniciativas de diversidade e inclusão em seu clube. Ela também é mãe do Pedro, 12, que participou da atividade e saiu com uma medalha no sábado. Ele tem síndrome de Bohring-Opitz, uma condição genética rara que afeta o desenvolvimento de partes do corpo. “Ações como o Interclubes Inclusivo melhoram a autoestima não só de quem tem deficiência, mas de todo mundo. Hoje sou melhor por causa do meu filho.”

O evento surgiu em conversas entre sócias e sócios dos diferentes clubes e vem como uma iniciativa inédita para pessoas com deficiência —e, como disse Cristiana, também para quem não as tem. “Não imaginava que conseguiríamos organizar algo assim”, afirma Marina Resende, diretora de acessibilidade e inclusão do Pinheiros. “Agora, vamos preparar os próximos.”



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