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Esporte

Champions: capitão do Brasil no 7 a 1 defende azarão Pafos – 16/09/2025 – O Mundo É uma Bola

Minhas lembranças da inesperada e inesquecível derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alema

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Minhas lembranças da inesperada e inesquecível derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, passam muito por David Luiz.

Então zagueiro de sucesso no Chelsea, tendo acabado de se transferir para o Paris Saint-Germain, o beque de cabelos fartos e cacheados formava com Thiago Silva a dupla de zaga titular da seleção de Luiz Felipe Scolari no Mundial.

Nas quartas de final, diante da Colômbia, Thiago Silva, que capitaneava o time, levou um cartão amarelo bobo –obstruiu uma reposição de bola– e ficou suspenso do jogo que valeria vaga na decisão.

A tarja de capitão passou para David Luiz, que inspirava confiança e transbordava energia antes da partida no Mineirão, em Belo Horizonte, no dia 8 de julho.

Fatídica partida para os brasileiros. Nem David Luiz, nem Dante (substituto de Thiago Silva), nem ninguém que vestiu amarelo viu a cor da bola, que passava de pé em pé germânico até parar, invariavelmente, nas redes do goleiro Júlio César.

No fim do jogo, na derrota mais vergonhosa dos então quase cem anos de existência da seleção nacional, restaram as lágrimas de muitos, e ficaram marcadas as de David Luiz, bem como a frase dele, com a voz embargada: “Eu só queria poder dar alegria ao meu povo”.

O tempo passou, a vida de David Luiz no futebol continuou, terminando na seleção em 2017, no começo da era Tite, e ainda sem término nos clubes. Defendeu pós-Copa de 2014, conquistando títulos, PSG, Chelsea, Arsenal, Flamengo.

No começo deste ano, deixou o rubro-negro carioca e fechou com o Fortaleza, onde não teve boa passagem. Jogou 17 partidas de 41 possíveis, ficando fora por lesão ou por opção do treinador.

Nenhum título e na bagagem, ao rescindir contrato de forma amigável para retornar à Europa, um processo judicial de uma assistente social, com quem teria tido um caso, que o acusa de assédio.

O regresso ao velho continente reflete a decadência do futebol de David Luiz, que já foi ótimo zagueiro, dos melhores, e a proximidade da aposentadoria como jogador.

Aos 38 anos, ele é agora jogador do desconhecido Pafos, da ilha de Chipre, 128ª colocada no ranking de países da Fifa, uma posição atrás de Ruanda e uma à frente do Maláui. Zero participação em Copa do Mundo, zero participação em Eurocopa.

Méritos, contudo, para o Pafos, atual campeão cipriota, fundado em 2014 (um mês antes do 7 a 1), que estreará na fase nobre da badalada Champions League nesta quarta (17), na Grécia, contra o Olympiacos.

Para chegar à fase de grupo –isso mesmo, grupo, não mais grupos, é assim desde a edição passada, com 36 times e 24 passando para os mata-matas–, eliminou em etapas preliminares Maccabi Tel Aviv (Israel), Dinamo de Kiev (Ucrânia) e Estrela Vermelha (Sérvia). Notável (sem ironia).

O que vier agora para o mega-azarão Pafos, que medirá forças com os conceituados Bayern, Juventus e Chelsea no decorrer de oito rodadas, será lucro.

Com ou sem David Luiz, que chegou no começo de agosto e ainda não é titular, se é que chegará a ser. Atuou em só duas partidas, no Cipriotão, saindo do banco de reservas.

Para jogar, terá de superar os titulares absolutos Goldar (espanhol, 31 anos) e Luckassen (holandês, 30 anos), entrosados e, apesar de trintões, bem menos veteranos que o quase quarentão camisa 4.

David Luiz tem história, e meus votos são que consiga ampliá-la positivamente, ajudando a levar o Pafos adiante na Champions. Votos que improvavelmente serão realizados.


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