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Esporte

Marrocos está na Copa de 2026. Dá para repetir 2022? – 07/09/2025 – O Mundo É uma Bola

A pouco mais de nove meses do começo da próxima Copa do Mundo, que será na América do

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A pouco mais de nove meses do começo da próxima Copa do Mundo, que será na América do Norte (EUA, México e Canadá), a África conheceu seu primeiro representante nela.

Como um acachapante 5 a 0 sobre o Níger, Marrocos, atuando diante de 63 mil torcedores em Rabat, a capital do país, selou sua classificação para o Mundial.

Com seis vitórias em seis partidas, 19 gols a favor e só 2 contra, conquistou com duas rodadas de antecedência o grupo que conta também com Tanzânia, Zâmbia e República do Congo. O topo de cada chave nas Eliminatórias africanas vale vaga na Copa de 2026.

Para quem não lembra, Marrocos foi, em termos de desempenho no decorrer da competição e classificação final, a grande surpresa da Copa do Qatar, realizada no fim de 2022. (O espanto maior ocorreu logo no começo, quando a Arábia Saudita derrotou a Argentina de Messi, que depois se recuperou e ergueu a Taça Fifa.)

Comandado em campo pelo capitão Ziyech, então atacante do inglês Chelsea, Marrocos, embalado por uma torcida numerosa e fanática, chegou invicto às semifinais, derrotando Bélgica e eliminando Espanha e Portugal antes de ser batido pela França, então campeã do mundo.

Na disputa do terceiro lugar, perdeu da Croácia, o que não ofuscou o tremendo feito obtido: a melhor posição de um país africano em todas as 22 Copas do Mundo.

A pergunta: dá para Marrocos repetir, ou melhorar, o desempenho de 2022? A resposta: sim. Só não teria essa possibilidade no caso de não classificação para a Copa de 2026.

Deve-se, contudo, analisar a história e a situação de momento. Desse modo, é possível saber se alguma vez um azarão em um Mundial teve sucesso no seguinte e vislumbrar um cenário para o futuro próximo de Marrocos.

O único exemplo de um não favorito a repetir uma campanha significativa em Copas é recente, o da europeia Croácia. Vice-campeã na Rússia, em 2018 (perdeu da França), chegou às semifinais no Qatar, quatro anos depois (perdeu da Argentina). Um segundo e um terceiro lugar, consecutivos, são mais do que dignos de nota.

No universo das seleções africanas, contudo, não houve o bis de uma performance considerada marcante.

Antes de Marrocos atingir a semifinal, em duas ocasiões países da África chegaram às quartas de final: Camarões, em 1990, e Senegal, em 2002. Em 1994, os camaroneses pararam na fase de grupos –perderam inclusive para o Brasil que seria tetracampeão. Os senegaleses, por seu lado, nem se classificaram para a edição de 2006.

Marrocos tem atualmente um conjunto muito bom. O time não é o mesmo da Copa passada, mas a espinha dorsal foi mantida: o goleiro Bono (Al Hilal), o lateral direito Hakimi (PSG, capitão da seleção), o zagueiro Aguerd (Olympique de Marselha), o volante Amrabat (Betis) e o centroavante En-Nesyri (Fenerbahce). O treinador, Walid Regragui, também é o mesmo.

Ziyech, 32, em momento de baixa técnica, está afastado, porém houve um reforço significativo para a posição (ala-atacante pela direita): Brahim Díaz, 26, do Real Madrid, que é espanhol mas tem cidadania marroquina e decidiu trocar uma camisa vermelha, a da Fúria, pela outra, a dos Leões do Atlas.

No ranking da Fifa, Marrocos, em 12º lugar, é o melhor do continente africano. Está grudado na Itália (11ª) e à frente, por exemplo, de Uruguai, Colômbia, México, EUA, Suécia e Japão.

A seleção marroquina ganhou no fim de agosto o Chan, Campeonato das Nações Africanas, no qual participam apenas atletas que disputam as ligas nacionais de cada país, ampliando o leque de opções de Regragui.

Por fim, o país abrigará, em dezembro e janeiro, a Copa Africana de Nações, a qual ganhou uma única vez, em 1976.

Essa competição será o verdadeiro termômetro para medir quão forte Marrocos estará para a Copa de 2026. Não ganhando, perde status. Ganhando, confirma sua posição de maior potência atual africana, capaz de fazer frente aos campeões mundiais.



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