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Esporte

Jogadores brasileiros precisam de mais talento e clareza – 16/08/2025 – Tostão

Pela Libertadores, Flamengo e Inter fizeram um jogo estratégico, intenso, com muita marc

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Pela Libertadores, Flamengo e Inter fizeram um jogo estratégico, intenso, com muita marcação, mas com pouca criatividade e qualidade técnica. O Flamengo dominou a maior parte do jogo, porém, como tem sido habitual, criou poucas chances de gol. Jorginho, excelente meio-campista, que geralmente inicia as jogadas ofensivas no próprio campo com ótimos passes, posicionava-se mais à frente, enquanto Allan, que não tem essa qualidade, iniciava os lances.

Após o Mundial de Clubes, 40% dos gols do Flamengo foram decorrentes de bolas paradas. É exagero. No Campeonato Inglês são 17%. Além disso, o Flamengo e todos os clubes brasileiros cruzam demais as bolas da intermediária, o que facilita para o zagueiro cortar. Já os principais times europeus usam bastante as viradas rápidas de bola de um lado para o outro e também as triangulações pelas laterais até alguém penetrar na defesa para receber a bola e cruzar da linha de fundo para o companheiro cabecear de frente para o gol.

O que ocorre com o Inter, que teve uma grande queda nesta temporada? O treinador e a estratégia não mudaram, porém caiu muito a qualidade de alguns jogadores. Wesley, que surpreendeu no ano passado por ter atuado muito melhor do que no Cruzeiro, voltou a jogar como antes, sem brilho. O futebol tem razões que vão além de nossos conhecimentos e explicações técnicas e táticas.

O Botafogo, em casa, venceu a LDU, do Equador, por 1 a 0. Ancelotti estava presente para ver os jogadores e o primeiro trabalho de seu filho Davide como técnico. Deve ter ficado satisfeito. Na Copa do Mundo, o filho voltará a ser auxiliar do pai.

Nas muitas partidas que Ancelotti viu pelo Brasil, deve ter constatado o que já sabia, que a seleção possui uma grande carência nas laterais. Vários jogadores que atuam no Brasil têm sido convocados, como Arana, do Atlético-MG, Alex Telles, do Botafogo, Alex Sandro e Emerson Royal, do Flamengo. Todos são bons nos seus clubes, mas fracos para a seleção. Se o uruguaio Piquerez, do Palmeiras, fosse brasileiro, seria titular na seleção.

O Palmeiras goleou, em Lima, o fraquíssimo Universitario por 4 a 0, com três gols no início da partida. A dupla de ataque formada por Vitor Roque e Flaco López, juntos desde o início do jogo pela primeira vez, foi o destaque da partida. Após o primeiro gol, o time peruano foi para o ataque, o que facilitou bastante para os dois atacantes, especialmente Vitor Roque, com sua enorme velocidade. Ainda é cedo para uma avaliação da dupla. Os apressados já estão eufóricos.

Aos poucos, as equipes brasileiras têm incorporado os importantes conceitos modernos na maneira de jogar, como a marcação por pressão em todo o campo para recuperar rapidamente a bola, a compactação para não deixar grandes espaços entre os setores, a intensidade para atacar e defender com muitos jogadores, a saída de bola com troca de passes desde o goleiro, a alternância entre o jogo curto e o mais longo em direção ao gol e outros detalhes.

Porém nada disso é suficiente se não há talento individual e capacidade de, em uma fração de segundo, tomar decisões corretas, com clareza, concisão e precisão.


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