Os jogadores do Auckland City se abraçaram, em festa, ao apito final do árbitro sueco Glenn Nyberg, no Geodis Park, em Nashville, nesta terça-feira (24). O empate por 1 a 1 com o Boca Juniors representou o ponto alto na campanha da equipe amadora na Copa do Mundo de Clubes, iniciada com uma derrota por 10 a 0 para o Bayern.
“Recuperamos um pouco de respeito”, afirmou Christian Gray, de 28 anos, autor do único gol da formação neozelandesa na competição. “Marcar o gol foi meio surreal. Ainda não caiu a ficha, para falar a verdade. Estou feliz pelos meninos, o clube merecia”, acrescentou o zagueiro, que, em seu país, é professor em formação durante o dia e treina com os colegas de futebol à noite.
O Auckland City é o único time amador do campeonato, embora não seja uma novidade nas competições intercontinentais da Fifa (Federação Internacional de Futebol). Como a federação da Austrália é filiada à confederação asiática, não há grandes concorrentes na Oceania à agremiação da Nova Zelândia, que acaba de concluir sua 14ª participação no Mundial.
A versão atual não é a melhor do clube, que chegou a conquistar a terceira posição na disputa de 2014, com um triunfo nos pênaltis sobre o mexicano Cruz Azul. Desta vez, a campanha –que teve também uma derrota por 6 a 0 para o Benfica– foi encerrada com 17 gols sofridos, um marcado e muitas histórias para contar no horário de almoço do trabalho.
Como não são assalariados no Auckland City, os jogadores mantêm outras ocupações. Alguns deles trabalham também com atividades ligadas a práticas esportivas, caso dos professores de futebol. Há ainda corretores (imóveis e seguros), representantes de vendas, um estoquista, um engenheiro assistente de obra e um barbeiro.