SES/TO participa da 8ª Oficina Mosaico para aprimorar vigilância de vírus respiratórios
Secretaria de Estado da Saúde participa da 8ª Oficina Mosaico, Aprimoramento da Vigilância dos Vírus Respiratórios, para profissionais de saúde das áreas de vigilância, assistência e laboratórios
– Foto: Alysson-Neya Chaves/ Governo do Tocantins
A Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) participa da 8ª Oficina Mosaico, Aprimoramento da Vigilância dos Vírus Respiratórios, para profissionais de saúde das áreas de vigilância, assistência e laboratórios. A iniciativa é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) com o Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e conta com o apoio do Ministério da Saúde (MS). O evento iniciou na terça-feira, 26, no anexo I da SES/TO e segue até a próxima sexta-feira, 29.
A oficina tem o objetivo de fortalecer as estratégias de monitoramento e controle de vírus respiratórios no Tocantins com a expectativa de que os participantes adquiram ferramentas essenciais para a detecção precoce dos vírus e para a elaboração de estratégias de intervenção. São abordados temas como a organização da vigilância estadual e a resposta eficiente a surtos e epidemias respiratórias.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES/TO, Perciliana Joaquina Bezerra de Carvalho, “a oficina vai resultar em um plano unificado no Tocantins para trabalhar os vírus respiratórios diante de surtos e epidemias. A estrutura do plano de contingência terá uma organização, protocolos e fluxos. E que esses fluxos tenham o objetivo da agilidade. Trabalhar as emergências de saúde pública é trabalhar as perspectivas de medidas de prevenção de forma oportuna para minimizar o risco de adoecimento e óbito da população com uma resposta rápida e coordenada”.
Qualificação contínua
Após a oficina, haverá uma continuidade dos trabalhos desta capacitação, afirmou a Consultora Técnica da Coordenação Geral de Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios do Ministério da saúde, Daiana Silva. “Cada estado tem suas particularidades e, por isso, os planos de contingência são feitos de acordo com as necessidades locais. Além disso, a Opas e o Ministério da Saúde farão um acompanhamento contínuo das ações dos estados para garantir que as melhorias implementadas sejam sustentadas ao longo do tempo”.
O consultor oficial de Emergência da Opas, Rodrigo Said, destaca que “essa discussão aqui é justamente para preparar a vigilância para possíveis eventos e os que já existem. A iniciativa do mosaico deve ser utilizada para os vírus que nós chamamos de estacionais, que estão em circulação, como influenza, covid-19, como também para a identificação de um novo patógeno de transmissão respiratória que tenha comportamento endêmico, epidêmico e pandêmico. Até agora, o Tocantins é um dos estados participantes de forma ativa nessa estratégia”.
Projeto Vigiares
O assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho, pontuou que “a oficina faz parte do Projeto Vigiares que propõe fortalecer as coordenações estaduais na vigilância, preparação e resposta oportuna em emergências de saúde pública, priorizando inicialmente, a vigilância das síndromes respiratórias agudas. O projeto é financiado pelo Instituto Todos pela Saúde”.
“A gente vai fazer em todos os estados, as 27 federações. O Projeto Vigiares tem como foco principal trabalhar na resposta às doenças transmitidas por vírus e com sintomatologia respiratória. A exemplo da covid-19, tivemos uma pandemia com um vírus inusitado, que não tinha circulação dele e que, em algum momento, ele passou a circular no ser humano em um processo de transmissão muito rápido e no mundo inteiro. Essa oficina é para saber como os estados podem responder, como as vigilâncias estão preparadas e como a assistência dos estados estão para identificar casos novos, inusitados e diferentes”, acrescentou o consultor.
Municípios
O técnico da Vigilância Epidemiológica do município de Gurupi, Victor Oliveira, compartilhou sua experiência apontando a importância de observar de forma mais detalhada eventos pequenos que podem indicar um problema maior de saúde pública. “Às vezes, um pequeno incidente pode ser o primeiro sinal de algo mais grave. Esta oficina tem sido enriquecedora para a nossa atuação, permitindo que identifiquemos casos mais precocemente e possamos oferecer uma resposta mais eficiente à comunidade”.
Oficina Mosaico
A oficina Mosaico já foi realizada em outros sete estados. A previsão é de que, até setembro de 2025, já tenha sido implementada nos 27 estados da federação. E visa integrar os conhecimentos e esforços de técnicos locais, estaduais e federais, refletindo a importância da preparação contínua para enfrentar novos desafios sanitários e proteger a saúde da população, principalmente frente a doenças respiratórias que, em algumas épocas do ano, ganham maior destaque e podem gerar surtos e epidemias.