PCP votou contra em “rejeição do programa político” da Comissão


“O nosso voto contra significa a rejeição do programa política da Comissão Europeia”, disse João Oliveira, em declarações aos jornalistas depois da aprovação do colégio de comissários, em Estrasburgo (França).

 

O antigo líder parlamentar do PCP na Assembleia da República acrescentou que o executivo comunitário para os próximos cinco anos não serve os interesses das populações dos países da União Europeia e, particularmente, “não serve os interesses de Portugal e do povo português”.

O europarlamentar considerou que a incapacidade da Comissão, na sua ótica, para resolver os problemas das pessoas está latente na aprovação com “uma margem pequeníssima” (menor do que em 2019).

O Parlamento Europeu aprovou hoje — com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções — o novo colégio de comissários, novamente liderado por Ursula von der Leyen.

A aprovação surge após escrutínio parlamentar (incluindo audições aos comissários europeus indigitados) e intensas negociações nas últimas semanas entre as três maiores forças partidárias da assembleia europeia (centro-direita, socialistas e liberais) para um acordo político sobre os sete nomes pendentes de um total de 26, alcançado há uma semana e para o qual foram cruciais várias cedências.

Ursula von der Leyen foi, em julho passado, reeleita no cargo de presidente da Comissão Europeia, que desempenhará novamente a partir de 01 de dezembro num segundo mandato de cinco anos.

O seu próximo executivo comunitário é composto por 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% de mulheres e de 60% de homens), uma das quais a comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que vai ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.

Num contexto de tensões geopolíticas (devido à guerra da Ucrânia causa pela invasão russa e de conflitos no Médio Oriente), de concorrência face aos Estados Unidos e China e de transição política norte-americana, Von der Leyen quer, nos próximos cinco anos, apostar na competitividade económica comunitária, nomeadamente ‘puxando’ pela inovação, descarbonização e segurança.



Fonte da Notícia