Força-tarefa para combate a queimadas em Goiás reúne entidades públicas e rurais

O governo de Goiás anunciou a criação de uma força-tarefa, envolvendo órgãos de fiscalização e combate a queimadas, juntamente com entidades dos setores de agricultura e pecuária, com o objetivo de reduzir os focos de incêndio no estado. A decisão foi divulgada na última terça-feira, 27.

Equipe de ação

O grupo é formado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, e diversas entidades rurais, como a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), a Organização das Cooperativas Brasileiras de Goiás (OCB-GO), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar-GO) e o Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol de Goiás (Sifaeg).

Índice de queimadas sobe no estado

O estado de Goiás registrou o dobro de incêndios em agosto de 2024, em comparação com o mesmo mês no ano passado. Segundo dados do painel BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), este já é o segundo agosto com o maior número de focos de incêndio desde 2018. Até o momento, foram contabilizados 978 pontos de fogo, e esse número pode ainda superar o registrado em 2021, que teve 1.056 focos. Cerca de 51,7% dos incêndios ocorreram na última semana.

Em entrevista ao g1, o governador Ronaldo Caiado informou que foi determinado à Casa Civil a elaboração de um projeto de lei para implementar punições severas contra a prática criminosa de queimadas. “É inaceitável que essas pessoas amanhã se beneficiem por uma falta de legislação, em uma situação emergencial como todos os estados estão passando. Nós seremos muito mais duros em relação ao assunto”, declarou. Vale destacar que já existe uma legislação brasileira que prevê penas de reclusão de dois a quatro anos, além de multa, para quem provocar incêndios em matas ou florestas.