Farto de Neymar na seleção? Torça por Lucas Paquetá, já – 02/09/2025 – O Mundo É uma Bola


Neymar, 33, ficou fora da lista de convocados de Carlo Ancelotti para a seleção brasileira, divulgada no começo da semana passada, devido a um problema físico.

Pelo menos é o que deu a entender, de forma bastante clara em seu português ainda incipiente, o conceituado treinador que comandará o Brasil na Copa do Mundo de 2026.

Divulgou-se dias antes do anúncio da lista que Neymar estava com um edema na coxa. Bastou para Ancelotti, que frisou a importância de ter todos os atletas 100% fisicamente, não incluí-lo.

O camisa 10 do Santos, depois de cumprir suspensão de uma partida, voltou a campo no domingo (31), contra o Fluminense, no 0 a 0 na Vila Belmiro.

Jogou o tempo todo, mostrando-se bem fisicamente, e saiu-se com esta depois jogo, ao comentar não ter sido chamado para a seleção: “Foi um incômodo no [músculo] adutor, não foi nada demais, tanto que eu joguei hoje. Fiquei fora por opção técnica mesmo. Não tem nada a ver com condição física”.

Um discurso não bate com o outro, tanto que Ancelotti enfatizou que tecnicamente não é preciso avaliar Neymar. Concordo. Para mim, Neymar, tecnicamente, continua a ser o melhor que o Brasil tem. Não há talento à altura dele.

O que precisa ser analisado é outro aspecto, o comportamental. Neymar criou desgosto em muita gente por uma série de fatores, em campo ou fora dele, que incluem individualismo, falta de maturidade, egocentrismo, irritação injustificada, soberba.

Isso emana, contudo, da mídia esportiva e de uma parte da opinião pública. Não tenho dúvida de que, se for feita uma pesquisa popular, perguntando se Neymar deve continuar na seleção brasileira, a maioria responderá “sim”.

Voltando ao comentário de Neymar, na primeira entrevista da qual participar na preparação para os jogos contra Chile (nesta quinta, dia 4) e Bolívia (na próxima terça, dia 9), Ancelotti possivelmente terá de responder à fala do capitão santista.

Estou curioso para saber se o sempre complacente Carleto mostrará indiferença ou replicará de alguma forma, afinal, os discursos não batem. Ele disse uma coisa, Neymar falou outra.

Nesse cenário, se você é daqueles que não suportam mais Neymar, que consideram que ele é danoso à seleção, que não deve mais figurar entre os convocados e que será muito melhor o Brasil ir à Copa sem ele, comece a torcer desde já por Lucas Paquetá, 28.

Inocentado das denúncias de participar de manipulação de resultados na Inglaterra, o meia do West Ham está de volta ao escrete nacional e deve ser o escalado para formar o meio-campo junto com Casemiro e Bruno Guimarães.

Terá a missão, que poderia pertencer a Neymar, de se aproximar dos atacantes –acredito que, sem Vinicius Junior (suspenso), Ancelotti escalará Raphinha, João Pedro (ou Richarlison) e Martinelli (ou Estêvão ou Luiz Henrique)– e criar chances frequentes de gol.

Canhoto, dono de bom controle de bola, com boa visão de jogo, chute de longa distância e capacidade de marcação, Paquetá tem, teoricamente, condições mais que suficientes para ganhar a simpatia e a confiança de Carleto e abocanhar novamente a titularidade.

O ex-flamenguista, que leva no nome a ilha em que nasceu, na capital fluminense, foi titular na Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Deu a assistência para Neymar fazer na prorrogação o gol do Brasil contra a Croácia, nas quartas de final, e na sequência deixou o campo, substituído pelo Fred, um dos vilões da eliminação.

Paquetá emplacando, há uma chance, mesmo que pequena, de a configuração da equipe ter uma nova cara em comparação com Mundiais anteriores.

Do contrário, não havendo conflito entre o maior artilheiro da história da seleção e o treinador italiano, Neymar estará de volta, em breve, ao time canarinho. Goste você dele ou não.


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