Brasileiros formam o Quarteto Fantástico no Supermundial – 23/06/2025 – O Mundo É uma Bola
Você conhece o Quarteto Fantástico? Eu conheço, desde bem pequeno, quando lia gibis da Marvel que traziam histórias de diversos heróis, entre eles o do grupo inicialmente chamado de Os Quatro Fantásticos, posteriormente de Quarteto Fantástico (Fantastic Four, em inglês).
Nesta Copa de Mundo de Clubes, o Supermundial da Fifa, os clubes brasileiros, incensados pelos resultados das duas primeiras rodadas, podem ser chamados de Quarteto Fantástico.
Com doses de heroísmo, o Botafogo derrotou o francês PSG, atual campeão europeu, por 1 a 0, e o Flamengo superou de virada (3 a 1) o inglês Chelsea, da poderosa e badalada Premier League. Ambos acumulam duas vitórias em duas partidas, e o rubro-negro classificou-se antecipadamente para as oitavas de final.
Palmeiras e Fluminense não ganharam de Porto (Portugal) e Borussia Dormund (Alemanha) na estreia, em dois jogos sem gols, porém foram superiores e exerceram essa superioridade, dessa vez com gols, nos triunfos diante de Al Ahly (Egito) e Ulsan (Coreia do Sul), respectivamente.
Sem exceção, os times brasucas merecem elogios, e seus treinadores, observando-se a personalidade de cada um, podem ser equiparados aos integrantes do Quarteto Fantástico, que adquiriram superpoderes ao serem expostos a radiação cósmica durante um voo espacial.
Abel Ferreira, 46, treinador do Palmeiras, deve ser comparado a Reed Richards (Senhor Fantástico, cujo poder é a elasticidade de seu corpo), devido à sua liderança baseada na estratégia e na sua busca pelo perfeccionismo.
Se bem que em muitos momentos o português assemelha-se mais a Ben Grimm (O Coisa, que em um corpo rochoso tem força sobre-humana), devido à intempestividade. Para ele, parece que quase sempre “Tá na hora do pau!” (bordão do super-herói).
Filipe Luís, 39, do Flamengo, é uma mescla de Senhor Fantástico com Mulher Invisível (Susan Storm, também senhora Richards, que, além do que está explícito no nome, cria campos de força invisíveis).
O ex-lateral esquerdo é um treinador tático que lê muito bem o jogo, sendo preciso nas substituições nas partidas, pragmático em seus objetivos (vencer como premissa), com grande força mental. E faz isso no “estilo Susan”: elevadas doses de observação, ações silenciosas e discretas, sem aparecer, “invisível”.
Renato Paiva, 55, do Botafogo, português como Abel, tem também características que o aproximam do Senhor Fantástico, nos quesitos estratégia, equilíbrio emocional, gestão de grupo.
Ele é também discreto, lembrando a Mulher Invisível, porém tem sua faceta de Coisa, menos pelos instantes “explosivos”, mais pela integridade e firmeza do personagem mais grotesco do Quarteto.
Por fim, Renato Portaluppi, 62, do Fluminense. Com ar de galã, mantido desde quando jogador (ponta-direita dos ótimos, driblador, corajoso, endiabrado), Renato Gaúcho é um técnico enérgico, espontâneo, carismático, irônico e irreverente. Exatamente como o boa-pinta e conquistador Johnny Storm (Tocha Humana, que voa com o corpo inflamado depois de bradar “Em chamas!” e dispara rajadas de fogo nos inimigos).
A confiança, a vibração e o carisma de Renato contagiam os jogadores e os torcedores, inspirando-os e motivando-os. Não é um estrategista como Abel, Filipe ou o xará Paiva, não é “invisível” como Filipe ou o xará Paiva, mas tem seus momentos de Coisa, com rompantes de passionalidade e respostas diretas, sem papas na língua, a críticos e interlocutores, não se preocupando em ser inconveniente ou ofensivo.
Com seus técnicos à feição dos heróis do Quarteto Fantástico da Marvel, é de se se esperar que o Quarteto Fantástico do Brasil na Copa do Mundo continue, cada um por si, a ganhar batalhas difíceis, quiçá épicas, nos próximos dias e semanas.
O destino de cada um continuará sendo traçado, positiva ou negativamente. Lembrando que o maior inimigo do Quarteto nas histórias em quadrinhos é o Doutor Destino, a ser incorporado em cada próximo adversário estrangeiro no Supermundial.